quarta-feira, 14 de maio de 2008

Voar

Demos as mãos com força,

Num daqueles momentos de cumplicidade,

Em que um simples olhar aquece o corpo,

E o silêncio diz aquilo que as palavras não conseguem.


Batemos as asas com o entusiasmo de uma criança,

E levantamos voo até às estrelas.


Voamos juntos, sem nunca pousar,

Por esse céu etéreo reservado para nós,

Longe do mundo e de tudo o que é real,

Cada vez mais perto dos nossos sonhos.


Fomos o brilho dourado do Sol,

Fomos a imponência natural de uma montanha,

Fomos a crença eterna no nevoeiro,

Fomos o crime inocente ao luar de prata.


Finalmente pousamos,

E ingenuamente deixei que partisses,

Na esperança de que voltasses no dia seguinte para irmos descobrir o mar.

Então, acordei.


Onde queres que estejas,

Sinto a tua mão através da distância.




5 comentários:

BC disse...

Bonito poema Joana!
Que bom que é voar, ainda que seja em sonhos!
Mas os sonhos tornar-se-ão realidade, e existem muitas formas de poder voar.
Eu também gosto muito de voar para sítios distantes,aqueles que por vezes só os imaginamos nos sonhos de facto.Mas é preciso aprender a voar....
Sorrisos para ti JOANA

ps.Não sei se já foste ao meu blog,
mas tens lá uma coisinha para ti, espero que gostes.

Ana disse...

Voar para longe com os pés assentes na Terra...

Mas quem disse que os sonhos não são verdade? Tudo é verdade se acreditarmos... E as nossas experências enquanto sonhamos podem, no fim, não ser tão irrealistas quanto por vezes ensamos que são...

Por isso, querida madrinha, sonha muito e acredita nos sonhos.. xD

Bjinhos

Anónimo disse...

Muito bom, Joana :) Muito bonito mesmo :)

"Tirando o silêncio, aquilo que melhor explica o inexplicável é a música" - Aldous Huxley

É um bocado fora do contexto do poema, mas lembrei-me que eras capaz de gostar desta citação :)

Beijo*

♥ neechee disse...

este poema é simplesmente perfeito (:
gostei muito do teu blog e vou linká-lo no meu para poder passar por cá sempre que puder.

beijinho *

Anónimo disse...

Desculpa a invasão, vim aqui parar por acaso...só li este poema "Voar", agora nao tenho tempo para ver tudo mas verei qdo puder.
Nao sei porquê mas lembras-me a Pocahontas x)...es natural no que escreves.
(desculpa a comparação infantil, mas vejo mais do que um desenho animado na personagem da pocahontas =P)

*